sábado, 29 de outubro de 2011

Dom de Línguas - Adventista e minha experiência

Encontrei na Internet um estudo sobre o dom de línguas.
O Estudo se encontra num site adventista.

Depois de ler o estudo, resolvi colocar também minha experiência sobre o assunto, conforme relato abaixo.
Após meu texto, colei o link da internet e o texto que motivou meus comentários.

Para quem tiver paciência de ler e se interessa pelo assunto:

*** Minha resposta abaixo é um comentário ao texto do Pastor Ivan do site "Novo Tempo ***

Prezado Pastor Ivan,
Compreendi seu artigo e são verdadeiras os princípios elencados.
1) No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez –
2) Deve haver tradutor (intérprete);
3) Precisa ser entendido por todos;
4) Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia;
5) Ser enriquecido pelo amor aos irmãos;

Gostaria de acrescentar, baseado na minha caminhada, alguns comentários ao tema.

Desde sempre percebi o falar em línguas como um ato unilateral de Deus. Ou seja, é uma manifestação iniciada pelo Espírito Santo de Deus no homem. Não algo que o homem pudesse "provocar" ou "startar" quando quisesse.

Vendo o registro de Atos e depois no episódio de Cornélio vemos que veio sobre eles o Espírito Santo e começaram a falar em línguas.

"E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus."

Para mim, fica claro, que o ES veio sobre aquelas pessoas. Magnificavam a Deus e falavam línguas. Ou seja, os fieís ali presentes ouviam aqueles novos crentes falando em línguas. Podemos dizer que eram línguas diferentes da língua mãe dos ouvintes. O certo é que os ouvintes constataram que aqueles homens falavam numa linguagem diferente pelo ES.

É certo que Paulo, a fim de organizar os cultos na igreja, menciona as regras contidas em Coríntios. Assim ele dá aquelas instruções a fim de que houvesse ordem. Isso significa que os cultos na cidade de Corinto provavelmente tinha uma manifestação carismática desses dons muito constante. Ou seja, havia irmãos que falavam em línguas ao mesmo tempo que outros, havia um tumulto grande quando, irmãos mais exaltados, se deixavam levar pela manifestação do poder do ES, dando-lhe total vazão. Também é certo que tamanho era o número de pessoas falando ao mesmo tempo e, em línguas diferentes daquela falada localmente, que não havia edificação para terceiros. Daí a instrução de que, caso houvesse a manifestação desse carisma, deveria haver intérprete para que todos fossem edificados.

Lendo o trecho de Coríntios vemos que Paulo cria regras para melhor organização dos cultos. Então é fato que havia um manifestar abrangente desse dom que, infelizmente, poderia não estar trazendo edificação.
Ora sabemos que o dom vinha do ES, mesmo assim Paulo tem que instruir uma forma mais "civilizada e organizada" do mesmo dom ser manifesto.

Portanto Paulo usa de uma maneira de organizar o que era constante entre os irmãos.

Se assim é, caso não haja observação dessas regras, ainda hoje pode-se incorrer no mesmo erro de Coríntios. E notamos que os erros eram a forma de usar os dons, mas não a indicação de que os dons eram inexistentes. Digo isso porque, da mesma forma que havia uma igreja "desorganizada" no uso dos dons na época de Paulo, hoje também pode ocorrer isso. Contudo, ainda assim, o dom é de Deus, por seu Espírito Santo.

Se alguma igreja hoje não tem essas regras o que se pode dizer dela, no mínimo, é que falta entendimento, mas isso não invalida o manifestar desse dom. E de que o mesmo seja do ES de Deus.

Quando comecei a conhecer o dom vi qua havia muitas igrejas que "forçavam" o fiel a falar em línguas. Outros (e são muitos assim) falam em línguas quando querem.
Para mim essas duas formas de "glossolália" são invenções humanas. Aquilo sempre me incomodava pois não era dessa forma que eu lia nas Escrituras.

Depois de alguns anos participei de uma denominação onde o dom de língua era apenas uma evidência de ser selado com o ES, mas não uma indicação de ser ou não selado. Apenas evidência. Logo, todos os crentes crentes em Cristo Jesus possuem o ES de Deus, mas alguns tem uma evidência disso pelo dom de línguas.

Também nessa denominação ninguém forçava ninguém a receber o dom, nem tão pouco manifestava tal dom quando queria, mas somente quando isso vinha de Deus.

Assim, em determinada época, recebi esse dom.

Na minha experiência notei que:
a) o dom se manifesta quando Deus quer;
b) não posso gerar a experiência;
c) muitas vezes, em momentos de extrema necessidade, quando ia orar, o dom se manifestava trazendo muita paz e a certeza de que as coisas estavam nas mãos de Deus;
d) ao orar em línguas em voz alta, Deus concedeu a minha esposa o dom de interpretar - isso se deu apenas duas vezes;
e) que em momentos específicos Deus manifesta o dom em minha vida (às vezes sem eu saber o porque) para depois, nas horas seguintes, eu perceber que surgia uma oportunidade de falar da salvação em Cristo para alguém.

Nesta denominação muitos de nós já vimos Deus manifestar esse dom em nós. Não há gritaria, mas muitos falam em línguas a meia voz (mas de modo involuntário – ou seja, com o fluxo do falar vindo de Deus).

Nesses momentos é normal sentir um amor muito grande por Jesus Cristo. Uma força e fé vindas de Deus. Um desejo contínuo de glorificar e adorar a Deus. E muitas vezes um derramar de lágrimas. Depois da manifestação há um sensação de paz e alegria.

Então por essa experiência que lhe relato entendo que o falar em línguas também pode ser estendido a um outro trecho das Escrituras. Falo de Romanos 8,26:
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”

Minha experiência tem demonstrado (e isso vimos muitas vezes nos cultos) que a manifestação do ES por línguas pode servir para exortação de um irmão, da igreja, ou para edificação própria (“O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” – I Coríntios 14,4; e até mesmo para testemunho de incrédulos.
Já houve caso de um sacerdote católico ser convertido em um dos cultos quando um irmão sem grande instrução pregar a vida do padre em latim. E o irmão só soube disso quando o próprio padre veio testificar isso depois. E como conseqüência o sacerdote abandonou sua batina. Também houve casos de nossos irmãos, na Europa, pregar (sem saber) num dialeto de ciganos que estavam no culto. Deus também os converteu a Cristo!

Para mim o dom se manifesta, como falei, em orações quando estou em muita comunhão, em momentos de extrema necessidade, em alguns casos para falar com outro irmão (quando Deus também manifesta no outro o dom de interpretar o que foi dito).

Eu teria inúmeros casos para relatar aqui da edificação que o dom tem exercido na minha vida e de muitos outros. Fica aqui minha contribuição. 



**** O texto abaixo é o que motivou meus comentários ****
http://novotempo.com/estaescrito/2011/08/17/o-dom-de-linguas-biblico/#

Esse importante dom mencionado na Bíblia tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que quem não fala em “línguas estranhas” não é batizado com o Espírito Santo (Contrariando totalmente o que está escrito em Efésios 1:13 que afirma sermos selados pelo Espírito a partir do momento em que cremos em Jesus e não no momento em que “falamos línguas estranhas”), ou seja, é uma espécie de “cristão de segunda classe”. Asseguram inclusive que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “língua estranha”.
DEFINIÇÃO E PROPÓSITO:
Segundo a Bíblia, o dom de línguas é a capacidade de falar outra língua conhecida, em outro idioma (esse é o significado do termo grego para “língua”) com o objetivo de anunciar a boa notícia e salvação por meio de Cristo.
Mateus 28:19, 20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas…” Observe que, para ensinar, é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” 1 Coríntios 12:7. Concluímos, obviamente, que o falar em língua deve ter uma utilidade; deve ser, ao menos, inteligível. Lembrando: que tenha um propósito evangelístico.
Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes (A palavra pentecostes é grega e quer dizer “qüinquagésimo (dia)”, pois essa festa era comemorada cinqüenta dias depois da PÁSCOA (Dicionário da Bíblia de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil).):

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Atos 2:1-11.

O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” o que cada seguidor de Cristo dizia e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” Pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ?” (verso 11).
Havia, naquele lugar, cerca de 18 nações diferentes. Os apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprender todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho em um lugar onde havia muita gente (Deus não poderia perder aquela oportunidade!); por isso, o Senhor deu-lhes o dom de línguas estrangeiras. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas.
Há dois aspectos importantes a analisarmos o dom de línguas em Atos 2:

a) A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus (Atos 2:22-36);

b) O dom de línguas não foi acompanhado por um êxtase sentimental descontrolado. Observe que a mensagem foi compreendida de forma a haver resultados: 3.000 pessoas foram batizadas! (Atos 2:41);

c) Paulo também afirma que as palavras usadas no dom são idiomas que precisam ser entendidos pelos ouvintes para que se convertam a Cristo. Não adianta nada falar num idioma que a pessoa não conheça: “Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.” 1 Coríntios 14:6-9.

“Assim vós, se com a língua não disserdes palavras compreensíveis, como se entenderá o que dizeis? Porque estaríeis como se falásseis ao ar” (ler também 1 Coríntios 14: 18, 19, 23).

d) O dom de línguas é um sinal para os descrentes a fim de que ouçam as maravilhas de Deus no idioma deles. Não é um sinal para os crentes, conforme 1 Coríntios 14:22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem.”

Portanto, tal dom não deve ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem ao Salvador.

REGRAS A SEREM SEGUIDAS NO USO DO DOM DE LÍNGUAS:
1) No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez – 1 Coríntios 14:27;

2) Deve haver tradutor (intérprete) – 1 Coríntios 14:28;

3) Precisa ser entendido por todos – Atos 2:9-12;

4) Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia (1 Coríntios 14:1, 5, 26).

5) Ser enriquecido pelo amor aos irmãos – 1 Coríntios 13:1 e 9.

Muitos cristãos de hoje ferem essas cinco regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando.
Observação: Por que utilizar o dom de línguas no Brasil se todos falam o português?

OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM AVALIADOS SOBRE O DOM
1. A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;

2. A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.

3. O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo.

4. O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.

5. O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:
• Os samaritanos (Atos 8:17);
• Maria (Lucas 1:35);
• Estevão (Atos 6:5; 7:55);
• Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10);
• Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);
• Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);
• Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);
• Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);
• João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
• Os sete diáconos (Atos 6:1-7);
• Jesus Cristo (Lucas 3:22).
Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Claro que tinha! Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade evangelística para tal. Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.

6. O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).

7. Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.

• Neós é algo novo que não existia antes.
• Kainós é algo novo que já existia.
A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam!

ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1: A pessoa tinha um carro, ano 2007, e trocou por um 2008. Para a pessoa que comprou, o carro é novo. Significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas em Marcos 16:17. Para a pessoa que aprendeu a nova língua, é nova (Kainós), mas o idioma já existia, era falado por um grupo de pessoas.

Ilustração 2: Certa vez, um pastor foi em um culto para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer da programação ele recitou o Salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor disse. Afirmou que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o Salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse o significado verdadeiro das palavras e que o suposto tradutor estava mentindo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos, dotados de inteligência, se comunicam e se entendem perfeitamente. As “línguas estranhas” faladas em muitos cultos de hoje nada têm em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes na Terra.
Por conseguinte, não possuem importância evangelística e nem servem para identificar quem é cristão consagrado ou não (lembre-se Efésios 1:13).
A teoria de que o genuíno dom de línguas se manifesta hoje na forma de línguas estáticas, não faladas atualmente por qualquer povo ou nação, carece de fundamento bíblico.
As várias alusões, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a “línguas estranhas” (1 Coríntios 14) não aparecem no texto original grego (O termo línguas estranhas foi acrescentado pelo tradutor para tentar “facilitar” a compreensão do texto. Entretanto, dificultou mais ainda, dando apoio à idéia de que o dom de línguas bíblico é algo ininteligível) onde a expressão usada é simplesmente “línguas”.
Portanto, se estou falando a você em Francês (língua estrangeira) e você não sabe nada de Francês, para você estou falando língua estranha, pois não pode ser entendida. Mas isso não quer dizer que o Francês é um idioma que não pode ser entendível por ninguém. Daí surge a necessidade do intérprete.
Segundo nossos dicionários, interpretar é a “arte de determinar o significado preciso de um texto ou lei”, “fazer entender”. Traduzir é apenas converter cada palavra de seu estado estrangeiro (estranho) ao corrente (entendível). Portanto, não existe tradução sem interpretação.
E, não esqueça: o dom de línguas em Atos 2 (Atos 10, 19, 1 Coríntios 12-14) tem sempre um propósito evangelístico.
Se quiser aprofundar-se ainda mais no assunto, mantenha contato conosco.

**** fim do texto ****