terça-feira, 5 de novembro de 2013

Para meu saudoso pai Silvio Vieira Branco!

Nosso mundo é feito de cores!

Nosso mundo é feito de cores.
E há cores para todos os gostos.
Cores que alegram a vida.
Cores que embalam amores.

Tanta cor do lado de fora.
Que nos olhos encontram entrada.
Mas que só brilham na alma do homem.
Se no coração tiverem morada.

Coração que pode estar bem.
Coração que pode estar mal.
Coração que alegre, sorri.
E que chora, sentimental.

Que acende na luz da alegria.
Que escurece na tristeza e dor.
Que contente enxerga beleza.
Ainda que num mundo sem cor.

Que em luto de cinzas se veste.
Sem cor, fica cinza o universo.
Do incolor então se reveste.
Mesmo que em cores esteja imerso..

Nosso mundo é de sensações.
Só apreciadas se em nós há amores.
Que dão o tom para o rumo da vida.
E o gosto singelo dos vários sabores.

Se um amor nos deixa pra sempre.
Tira a cor do mundo afora.
O arco-iris fica indiferente.
Pois na alma a cor já não mora.

O luto, a dor da partida.
Descolori a aquarela real.
Insipida fica a vida.
Caindo num vazio total.

Mas o tempo é quem cura tudo.
É alento pra dores sem fim.
Pois saudade não sara, machuca.
Dos que foram tirados de mim.

Que partiram pra não mais voltar.
Na viagem que todos faremos.
Conviver com lembranças demais.
Lamentar a presença de menos.
E esperar que o tempo dos dias.
Conforte o que não entendemos.

Mas há cores que estão comigo.
Que são meu apoio na lida.
São rosas que exalam beleza.
Pequenas, são minhas riquezas.
Que me trazem o sentido da vida.

Que confortam e me dão paz.
É abraço, é carinho certo.
Equilíbrio pra meu caminhar.
Companhia que está sempre perto.

Se a rosa, porém, fica longe,
Meu mundo também perde a cor.
Volta e me traz seu perfume.
Perdoa-me toda a dor.

Sem você as cores se vão.
Como morte sua ausência me invade.
Volta ao meu coração.
Completa a minha metade.

Pois nosso mundo é feito de cores.
Que só podem ser apreciadas.
Se no mundo tivermos amores.
Que partilhem nossa caminhada.

E ainda que alguns tenham que ir.
Outros ficam para nos ajudar.
A seguir o rumo da vida
Que sem pedir licença, convida.
A viver das cores que há.

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