quinta-feira, 7 de julho de 2011

TESTEMUNHO - Conforme recebi do irmão Waldimir (13)


O Senhor exaltou-me igual a José

Nunca me foi possível os estudos numa universidade, diante dos compromissos familiares.
Estava desempregado e num sonho de revelação o Senhor mostrou-me o local onde abriria uma porta de trabalho a meu favor, mas tudo se passava dentro de um enorme barracão.
Entrava por um corredor e ao fundo um funcionário vestido com um macacão azul atravessava o corredor levando um objeto parecido com a porta de um veículo e sobre sua cabeça portava uma máscara de solda.
Colocou aquela peça deitada sobre um tipo de balcão, baixou a máscara de solda e com um tipo de maçarico que ao ser encostado naquele objeto soltava um raio de fagulhas azuis.
Ainda no sonho, via um caninho de cobre recoberto de gelo, que se estendia ao longo de uma parede e chegava até um cilindro de gás industrial.
A revelação mostrava que em torno de uma semana a porta se abriria.
Nos dias seguintes foi anunciada uma vaga num jornal local e a função era na minha área profissional e fui até lá para entrevista e minha admissão foi concretizada.
Meu gerente pediu-me que fosse ao almoxarifado buscar alguns materiais para o departamento e entrando numa área imensa, onde era um barracão, entrei por um corredor e lá ao fundo avistei tudo o que desenrolou no sonho.
De repente avistei aquele moço do sonho, nos trajes azuis, com a máscara de solda erguida sobre a cabeça, atravessou o corredor à minha frente, carregando um vitrô, já que a empresa fabrica portas, vitrôs e janelas de aço e a montagem é feita com soldas.
Colocou o vitrô sobre o balcão (bancada), baixou a máscara e com o soldador apontado, encostou no vitrô e aquele raio de fagulhas azuis subiu.
Comecei a chorar, pois ali era o lugar daquele sonho.
Para maior confirmação, olhei em volta e avistei na parede ao lado um caninho de cobre e fui acompanhando e aos poucos uma camada de gelo ia surgindo e tornando mais espessa, até chegar num grande cilindro de gás, utilizado em solda industrial.
Louvado seja Deus, pois nunca mentirá para seus servos, pois é Fiel e Verdadeiro.
As perseguições vieram muitas vezes, fizeram planos para me derrubar, mas o Senhor aparecia e os que me perseguiam eram mandados embora sem que eu levantasse um dedo ou a voz, suportando tudo em silêncio e clamando a justiça de meu Deus.
Com mais de 10 anos de admissão na empresa (fiquei lá por 15 anos), entre mais de 800 funcionários e eu era conhecido por todos.
Certo dia o patrão chamou-me para conversar, pois mal me falava bom dia, boa tarde quando passava por ele.
Fui até sua sala e ele disse ter reservado aquele dia para falar comigo e que eu falasse do que quisesse falar pois ele apenas me ouviria.
Falei do meu trabalho, expectativas futuras na empresa, enfim, esgotei o assunto.
Disse para ele que estava preocupado e precisava voltar para o meu setor, pois ele era uma pessoa muito ocupada, mas disse-me que ele era o patrão e o dia era para ele falar só comigo.
Apoiando o queixo dizia-me:  Martins, fale mais, a conversa está boa!
Falei de minha infância, a vida paupérrima na roça, até chegar em S.Paulo, enfim falei de muitas experiências de vida e em alguns momentos ele ficou perplexo e dizia fale mais...  o assunto mais uma vez acaba e ele dizia, arrume outro assunto.
Comecei a falar sobre minha vida espiritual como servo de Deus e ele começou a chorar e dizia: fale mais!
Enfim, depois de contar como conheci a Graça, fui batizado, várias obras que Deus operou em minha vida, ele levantou-se, deu-me um abraço e disse-me:
Martins, eu não sabia que entre tantos funcionários, existia uma pessoa assim tão próxima de mim e eu nunca soube nada de você, pois seus encarregados e gerente boicotaram informações e te esconderam debaixo de uma moita e te camuflaram, pedindo-me que te mandasse embora.
Fiquei quase 5 (cinco) horas lá dentro daquela sala e o Nome de Deus foi exaltado, pois falei para ele sobre o sonho, porque eu estava trabalhando na empresa dele e que lá dentro tinham muitos servos e servas de Deus, “camuflados” também, mas todos nós orávamos a favor dele e sua empresa prosperava., e assim ele chorou.
Falei sem medo para ele, que o meu Deus tinha me colocado para trabalhar na Empresa dele e que ninguém, nem mesmo ele sendo o dono me mandaria embora, enquanto não cumprisse o tempo de Deus em minha vida., ele olhou-me admirado e não disse nada.
A conversa cessou e no dia seguinte, vi que em meu computador tinha um nome de contato, chamado “José”, sem origem, que eu não tinha adicionado.
Pela hora do almoço, um irmão na Fé (tem ministério na igreja) que trabalha na produção, ligou em meu ramal e disse-me assim (ele nem sabia de minha conversa com o patrão no dia anterior):
- Irmão “José”, preciso conversar contigo, na hora do almoço!
Respondi que sim, mas perguntei por quê ele me chamava de “José”?
Ele respondeu:  O Senhor não mudou o nome de tantos valentes no passado conforme consta na Bíblia?
Pois bem, Ele manda dizer que está mudando agora o teu nome também, e te chama de José.
Ao sair na hora do almoço, sentamos sob a sombra de uma árvore e conversávamos, quando apareceu uma irmã copeira com garrafas térmicas de café e vindo em nossa direção, saudou o servo de Deus (irmão Toninho) e olhando firme para mim, disse-me assim:  A Paz de Deus, irmão “José”!
Fiquei atônito, pois era o terceiro sinal sobre José e não entendi nada.
Nisto a secretária do diretor (patrão) transmitiu-me que ele queria me ver numa sala de reuniões no final da tarde.
A irmã disse-me assim:  Irmão José, quando estiveres diante do patrão, lembre-se de mim, que sou a copeira.
Nisto o irmão Toninho tirou uma garrafa de café das mãos da serva de Deus e disse:
Ah irmão José e lembre-se de mim também como copeiro, pois também estou com a garrafa de café e não quero ser o padeiro.
Fui para a sala de reuniões e à entrada da sala estava o patrão me esperando, sendo que lá dentro mais de 70 pessoas se ajeitavam em seus lugares.
Entre eles, diretores, gerentes de todas as áreas, encarregados, supervisores e ali estavam as pessoas que já tinham pedido a minha cabeça/demissão ao patrão.
Pediu-me diante de todos, que eu procurasse um assento e iniciou a reunião.
Disse que naquele momento havia reunido todos os responsáveis pela empresa, pois precisava apresentar uma pessoa que estava ali dentro, para ser abaixo dele na empresa, num cargo que estaria sendo criado naquele instante, para ser o Ouvidor da Empresa (ou Ombudsman).
Todos se entreolharam sem saber quem seria, mas dentro de si, pareciam perguntar a si mesmos:  “Serei por ventura eu”?
O patrão dizia assim:
Trabalha entre nós uma pessoa (não transparecia se era homem ou mulher) há alguns anos,e passou por muitas perseguições, humilhação, ficou debaixo das moitas, por camuflagens de seus superiores, que “esconderam” esta pessoa de mim., mas nunca se deixou vencer e continuou trabalhando sem deixar sua bandeira cair ao chão.
Nunca houve reconhecimento do que fez para a empresa e hoje é chegado o dia de sua Vitória, pois esta reunião foi convocada para que esta pessoa receba da Empresa, ainda que tardiamente, seu reconhecimento e valor.
Todos se agitaram, ávidos por saber quem seria a pessoa tão apontada pelo patrão.
De repente, ele disse bem alto:
Venha à frente agora, Martins!!!
Foi um espanto geral, um alvoroço de vozes e só sei que fui pego em grande surpresa e chorando fui a frente e ali fui empossado no cargo.
Ele disse que meu acesso em qualquer sala e setor da indústria estava liberado e até na sala dele, eu não precisava pedir licença para ninguém, e mesmo em meio a uma reunião a portas fechadas eu tinha ordem para entrar e sair quando quisesse, ouvir as conversas e sair, pois o meu cargo seria de extrema confiança.
Fiz muitos aconselhamentos pessoais ao patrão, que mudou muitas coisas, inclusive a forma arrogante diante dos funcionários e minha atuação para Honra e Glória de Deus, fui reconhecido por todos durante os anos que lá estive, lembrando que sem possuir formação universitária, mas o Senhor ensinou-me a função.
Poucos dias após seria o dia 7 de setembro e era costumeiro todos os funcionários  se reunirem no imenso pátio da indústria para fazerem o hasteamento da bandeira, cantando o Hino Nacional, sendo os convidados ilustres, os fundadores da empresa, todos os funcionários, o Prefeito da cidade, autoridades municipais e a Banda da Polícia Militar.
Estávamos ali reunidos e o patrão ao toque e cantar do Hino Nacional, chamou-me ao microfone, para ir a frente, na direção da Bandeira, que deveria ser por mim içada às alturas, sob o olhar curioso de todos, com fotos, etc.
Conforme a Bandeira ia subindo, o Senhor disse em meu coração:
- “Puxe com força, esta é a Bandeira da tua Vitória, diante de todos, e dos teus inimigos eu estou te honrando”.
Oh Deus de Divina bondade, Justiça, Amor e Misericórdia.
Não tenho merecimento algum, mas é o Deus que ama e exalta o abatido e humilha o que se exalta., coloca por cabeça e não deixa por cauda aos que o servem.
As portas se fecharam, mas o Senhor deu-me três novos sinais me avisando que era tempo de sair de lá., e a função deixou de existir pois não havia ninguém apto a
exercê-la, pois o Senhor a criou para levantar minha cabeça.
Louvado seja Deus.

Waldimir Diniras Martins
e-mail:  waldimirmartins@yahoo.com.br

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