domingo, 13 de fevereiro de 2011

CAUSO: A arte do RH - O espertão

Essa, é uma, de um caminhão de situações iguais que estão acontecendo as pencas, todos os dias, bem debaixo de nossos narizes. Por isso, ATENÇÃO: Se você não tomar muito cuidado você será a próxima vítima; eles estão em todas as partes e tudo o que você disser, não disser, pensar, não pensar, ouvir ou não ouvir pode e COM CERTEZA será usado contra você.

Esse texto é dedicado a todas as úlceras que serão abertas e as maravilhosas sessões de endoscopia. A todos os remédios contra pressão alta e riscos de infarto. E a grande potência dos acessos de fúria, que uma pessoa jamais pensou em ter, mas como num passe de mágica, viu-se surpreendida por um de dimensões astronômicas, acionados por algumas simples palavrinhas.

Lembro-me que meu “caminho de rosas” começou quando fui promovido a Diretor da Empresa. Era um dia maravilhoso, onde eu havia preparado uma reunião com todo o pessoal.

Falaria sobre como poderíamos nos unir mais, nos tornarmos mais produtivos. Coletaria opiniões de todos para que pudéssemos fazer de nosso ambiente de trabalho um lugar cada vez melhor.

Na época eu era Gerente da minha área e achei que juntando as equipes das duas áreas que tínhamos na empresa promoveríamos uma confraternização, além de juntos buscarmos soluções que tornassem nossa empresa mais produtiva, etc, etc, etc... Bolei alguns textos, selecionei outros, mas antes de começar a dizer qualquer coisa, meu patrão resolveu dar uma introdução em nossa cerimônia.

A frase fatídica daquele pequeno discurso foi “A partir de hoje, o Sr.Tal (**euzinho aqui**) será diretor desta empresa, podendo admitir e demitir e tomando toda e qualquer decisão que se fizer necessária”. Pronto, estava feito.

Para que se entenda melhor o que ocorreu com essa frase de efeito, preciso contar o que vinha acontecendo até então.

Nossa empresa iniciou com meu patrão e um outro rapaz. Esse rapaz sempre foi um bom funcionário, esforçado e vestidor da camisa.

Foram bons anos. O patrão, em reconhecimento ao trabalho do bom rapaz, além de seu salário, ajudou o mesmo a comprar sua casa. Sempre que necessário lhe emprestava o décimo terceiro do ano seguinte, as férias que ainda não tinham vencido. Nunca cobrava juros. Em certa ocasião lhe deu um carro de presente e assim por diante. Uma relação de puro amor. O funcionário trabalhava bem e era bem reconhecido. Se tornou o gerente de uma área da empresa.

Mas, como nem tudo é belo, o bom rapaz cismou em montar um grupo de samba. Até ai tudo bem. A tristeza foi o fulano acreditar que tinha talento e que sua sina seria agora se tornar astro nacional. Juntou-se com outra meia dúzia de desempregados e passaram a se ralar para ensaiar, levantar fundos, ver estúdio, CDs, shows, e tudo do gênero.

A pequena questão é que os assuntos da empresa passaram a figurar como segundo plano.

Nessa época, o dito cujo recebia treze salários mínimos. E ginga de cá, ginga de lá, era telefone o dia todo do “grupão”. Era letra de música em cima da mesa. Era toneladas de e-mail com essas rádios de bairro. Era esboços de como ficaria a capa do CD. E nossa querida empresa... bem, nossa querida empresa sendo relegada a “quando der tempo”.

Obviamente o patrão não ficou feliz com o samba-enredo e foi dando uns toques. Afinal era quase uma década de parceria. O sambista não se tocou, pelo contrário, tocou mais ainda.

Imagina : um cliente liga e reclama do atendimento do sambista mau educado. Liga mais um, e mais um. E o chefinho pedindo ao mestre-sala que desse mais atenção ao escritório.

Eu, como gerente da outra área, às vezes escutava os planos de meu amigo pagodeiro : “vou ganhar tanto e dar sete contos para cada filho...” Fiquei imaginando que meu companheiro estava se iludindo. Pensando rápido conclui que como meu patrão era mais amigo do meu amigo, seria indicado ele trazer nosso colega de volta para a realidade. Tudo em vão.

O colega se ressentiu, afinal estavam tolhindo seus sonhos. Bom, independente de querer ajudá-lo, o patrão pediu que as coisas voltassem a ser como eram antes, sem toda aquela música no ar.

O clientes continuaram reclamando... o som continuou a todo vapor. O músico pediu então para ser mandado embora pois estava precisando de uma grana. Acordo feito, FGTS liberado. Colega continua conosco, afinal ele só queria a bufunfá.

Qual não foi nossa surpresa quando aparecem mais de dois mil CDs com o grupo do mui amigo, com direito a dedicatória especial para meu patrão. O colega jurou que não foi com o dinheiro da rescisão.

Bom, continua a carruagem a andar do mesmo modo e o big boss se irritou. Daí naquele dia tão feliz fui nomeado Diretor.

Daquele dia em diante, o meu colega artista nunca mais me ligou. Nunca mais ligou para o dono. Parece-me mesmo que cortou relações. Sentiu-se “deixado para trás”. Não falou um “a” a respeito, mas foi se isolando. (Observação: O fato de eu ter me tornado diretor, não me fez sair pisando em ninguém, nem mandando ninguém embora, e tentei ainda tomar toda decisão junto com o colegão). Mas o gente fina não estava para conversa. Na verdade, fiquei sabendo depois, que o cotovelo dele sofreu uma inflação terrível e crônica e a dor foi tal que me tornei para ele, seu principal desafeto. Objeto de todo tipo de sentimento ruim. E eu o “ESPERTÃO” achando que poderia ainda tê-lo como amigo. Tentei várias vezes explicar que não pedi para ser Diretor. Tentei falar que isso não mudava nada em nossa relação. Disse-lhe que não passei a ganhar mais em virtude disso. Escrevi-lhe cartas como amigo... Triste burrice aqui do ESPERTÃO, que mal sabia que estava sendo alvo de muita raiva e rancor. E logo mais contarei o fim da questão toda.

Como diretor também achei interessante que deveria promover o “bem-estar” de nossa equipe. Convoquei reuniões, tentei instaurar um clima de camaradagem. Tinha um siclano, figurinha difícil. Por isso esse texto também é um ALERTA. Cuidado ! As palavras trágicas “e meus direitos” é o indício de que você deve se livrar do indíviduo o mais breve possível.

Não, mas o ESPERTÃO aqui, achava que sempre se consegue mostrar as pessoas que as coisas são diferentes. No caso desse em específico, veja um breve resumo das atitudes da empresa:
-          aumento real de salário a cada seis meses;
-          siclano se enterra em dívidas com cartão. Total da facada : R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) – solução : a empresa se prontificou a pagar a dívida do cara e descontar bem pouquinho por mês SEM JUROS.
-          siclano em “dívida II - o retorno”.  Desta vez quase novamente R$ 3.000 (três mil reais). Empresa com diretor ESPERTÃO: vamos pagar de novo e “traveiz” descontar só um pouquinho e SEM JUROS.
-          siclano não consegue chegar no horário – das 9:00 que deveria só chegava das 9:30 em diante. Diretor ESPERTÃO: vamos aumentar o salário dele para ele se sentir motivado.

Essas e outras atitudes todas tomadas com o intuito de ajudar o siclano de NADA ADIANTARAM. Siclano não contente. Siclano não satisfeito. Siclano saco sem fundo sempre quer mais. Siclano só sabe dizer “e meus direitos”.

Depois de muitas tentativas frustadas, perdi também a paciência e decidir que solicitaria ao gentil cavalheiro que se desligasse da empresa...

Tinha um outro, o marcha lenta. Ele era legal, embora “meio devagar”. O nosso gerente da outra área, o sambista, várias vezes queria mandar o freio-de-mão-puxado embora, mais segurei as pontas. Foi ficando...

Tinha também a senhorita minutinho. Muito boazinha. Seu salário foi subindo (lembra, recebíamos aumentos semestrais), e chegou uma hora que o senhorita estava ganhando já muito bem para sua função: atender telefonemas.

O chefinho, por ocasião do meu empossamento, solicitou como minha primeira atitude, mandar a senhorita minutinho embora. “Por quê?”– perguntei eu. “Porque está deixando muito a desejar em sua função, passa o dia lendo livros, traz todo e qualquer trabalho de escola para fazer o serviço e não executou bem algumas tarefas” – respondeu ele.

MAS, o diretor ESPERTÃO teve a brilhante idéia de tentar melhorar o desempenho da moça e não mandei a dita cuja embora.

Precisávamos de uma secretária administrativa para nossa área (onde eu era gerente antes).

Contratamos alguém da redondeza que era capaz. A do minutinho ficou revoltada – “Como contratamos outra e não pusemos ela como secretária administrativa?”. SÓ PARA ESCLARECER :

A do minuto demorava DUAS horas para chegar de sua casa na área em que ela já estava. Se viesse para outra área demoraria só QUATRO horas. Não havia bom senso que indicasse que ela deveria ser a escolhida. Tentou-se explicar a ela. Sem chance. Mais uma “cotovelo-dolorido-crônico.”

Lógico que depois disso minhas tentativas de melhorar o desempenho da moça se foram por água abaixo. E o patrão logo sentiu todo rancor de nossa amiga que nem mais lhe cumprimentava.

Passou um ano de minha posse. Resolvi fazer o que o patrão, a princípio, queria. Falei com o gerente do departamento (o do samba) que ia mandar o “siclano meus direitos” embora e também a “senhorita minutinho”. Solicitei sigilo.

Grande idéia aqui do ESPERTÃO em comunicar ao do pagode e pedir segredo. Acho que toda a torcida do timão ficou sabendo, inclusive os alvos da dispensa. Mal sabia eu que a senhorita minutinho era cacho do Sr.Músico.

Sim, o Sr.Músico que embora eu não sabia, já não gostava de mim, passou a me ter ódio mortal, pois eu estava despedindo sua “amada aman...”.

Enfim, foram embora o siclano, a senhorita minutinho... Ficou o marcha lenta e o sr.sambão.

Senhor sambão continuava no sambão. O patrão queria falar com ele novamente. Fizemos nova reunião. Suplicamos sua volta a este mundo e mal sabíamos que sua ida a outro planeta já era definitava.

Senhor sambão se encheu. Pediu a conta. E, eu, o ESPERTÃO, para ajudar o cara disse ao patrão : “vamos mandar ele embora para que receba seu fundo...”

Meu patrão ficou preocupado com o pagodeiro. Afinal, embora o sambão já não queria mais nada com nada na empresa, era mais de uma década juntos. Meu patrão, solidário, achou que nosso colega ficaria em situação difícil, pois não ganharia mais seus treze salários mínimos. O  chefe achou por bem em ajudar o cara do pagode com R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Algo para ele recomeçar a vida... O ESPERTÃO apoiou... Ainda bem que o artista, no dia do acerto, conversou bastante com o patrão e disse, sem mais delongas, que estava conversando com a concorrência, dando dicas de preço, políticas de negociação, assim coisas básicas e sem importância.

Ainda bem, que o do pandeiro disse ANTES do patrão dar a ele o agradinho. Lógico que o agradinho não mais aconteceu.

Saindo o Sambão, o marcha-lenta que achei, segundo minha ótica do ESPERTÃO:

“Podemos aproveitar ele, colocar ele como chefe do departamento, treiná-lo mais...” também pediu a conta. Disse que não queria mais trabalhar com informática. Que ia procurar o serviço público. E eu, o Muito ESPERTO, para ajudar o cara, mandei-o embora, para que ele pudesse receber seu FGTS.

Ou seja, sempre em minhas atitudes, todos já puderam perceber que eu sou MUITO ESPERTÃO e domino totalmente a arte do RH.

Bom continuando minha tragédia grega, o melhor ainda estava por vir.

Fiz umas entrevistas e contratei alguns novos colaboradores. E sempre com meu “filling” aguçadíssimo, só fiz boas contratações.

Uma moça, parecia muito boa, bastante comunicativa, inteligente... Não foi um mês de trabalho e ela precisou se demitir para cuidar de uma tia em outra cidade. Tudo bem. Fique a vontade. Em seguida, voltou e disse que queria ficar mais alguns dias para depois sair. É óbvio, a coordenadora do departamento disse que não, não fazia sentido, se ela ainda estava em treinamento e tinha convicção de que não ficaria mais conosco não tinha porquê ainda ficar. A mulher ficou brava e armou um barraco. Por fim foi embora. Não é que a senhorita, disse que refazendo os cálculo de seu trabalho ficou faltando R$ 2,80 (DOIS REAIS E OITENTA CENTAVOS) em seu acerto e que ela iria nos passar seu número de conta para depósito. O mais legal era que ela ligou a cobrar para fazer sua humilde solicitação. Fiquei com pena... quase que pessoalmente vou até a casa dela para lhe dar R$ 5,00 (cinco reais) e que ela ficasse com o troco...

Outro funcionário, que também segundo minha grande percepção das coisas, era alguém que estava precisando de emprego. Esforçado. Ligou três vezes pedindo o serviço. Sua mãe também ligou. Fiquei sensibilizado e matutei “esse realmente quer trabalhar, vamos dar uma chance”.

Quase três meses de trabalho, percebo que o esforçado, embora esforçado, não gosta de nossa área. Tento ajudá-lo a se adaptar. Perco um dia todo preparando um texto do “B-A-BÁ” de nosso ramo para incentivá-lo. Novamente em vão. O esforçado começa a faltar, chegar atrasado e quando vejo que não tem mais jeito converso e sou obrigado a ouvir :

-          é, eu nunca gostei desse seu ramo de empresa;
-          de fato, estou faltando porque estou fazendo entrevista em outros lugares;
-          pensei que esse salário era o líquido e não bruto registrado em carteira;

Bom, achei que quanto alguém suplica para entrar em uma empresa é porque no mínimo tem alguma afinidade com o ramo. Achei que quando falamos que o salário é tanto estamos falando daquilo que é registrado em carteira... Ledo engano.

Bom fizemos o acordo, mandei-o embora. O funcionário saiu em um dia 28. Assinou sua demissão no dia 6 seguinte. Não trouxe o exame demissional. Falou que depois traria. Tudo bem, eu o ESPERTÃO falei que não tinha problema.

Não é que o homem teve um problema de saúde no dia 9, foi internado e operado. Bom que tudo corra bem.

Sua mãe liga : “Olha, será que não dá para vocês continuarem pagando o plano de saúde do meu filho”. – “Não dá, infelizmente o plano é empresarial e a recisão já foi para o plano de saúde, já houve o descadastramento...” . – “Mas eu preciso disso, ele está doente, meu marido vai procurar nossos direitos...” E torno eu, o ESPERTÃO, a ouvir a palavra “meus direitos...”.

Desgraça pouca é bobagem. O sambão ainda nos ia dar os seus últimos acordes. Uma canja. A saideira.

Montou uma empresa iguarzinha a nossa. Contratou todo mundo (o siclano meus direitos, a senhorita minutinho, o senhor marcha-lenta. Foi em todos nossos clientes oferecendo um produto similar (ainda que longe de ser como o nosso) por um terço de nosso preço. Tentou tirar os bons funcionários de nossa empresa, utilizando até terrorismo psicológico. E para finalizar com chave de ouro entrou na justiça contra nossa firma, com toda sorte de mentiras possíveis e imagináveis.

Para tanto foi abordado por seres infernais (esse é a verdadeira identidade desses profissionais), que fizeram um levantamento completo do que poderia ser pedido na causa trabalhista. Assim, os seres infernais tem alguns dons. Conseguem transformar as coisas. Transmutar a substâncias. Veja algumas de suas mágicas:

Expediente das 09:00 as 18:00  è transformou-se em expediente das 09:00 as 23:00

Horário de almoço de uma hora è transformou-se em nada ou parada de 15 minutos.

Não trabalhávamos de Sábado è transformou-se em três sábados de trabalho por mês.

Pagamento correto de horas è transformou-se em nunca pagamos horas extras.

Em pouco tempo, como ondas do mar, recebemos enchurradas de intimações, onde a corja infernal relatava seus feitos transformando tudo em dinheirinho que o big boss teria que pagar e seus tão amados ex-funcionários.

Entretanto o seres infernais tinham todo capacidade inventiva a seu dispor, mas não tinham a capacidade de transformar mentes. Ou seja, as mentes dos ex BBB que foram eliminados não compreenderam que a extensão das mágicas do demônios do abismo só tinha efeito se os ex BBB em seus depoimentos falassem a mesma coisa que estavam pleitiando.

Assim o siclano, ao ser testemunha da senhorita minutinho, contradisse o que seres bestiais estavam pedindo no seu testamento da mentira. No dia de seu julgamento teve que decidir:

-          se desistia de suas petições e ficava feliz e “não engaiolado” ou;
-          insistia em suas petições que estavam contrárias a sua declaração como testemunha (e testemunha não pode mentir) e por causa disso ia preso.

Neste caso o bom senso do sr.siclano o fez desistir e continuar livre para atribular outros patrões.

Podíamos ouvir o ranger de dentes da hora maligna, mas saímos ilesos.

Todos na empresa sofremos com as palavrinhas malditas “e meus direitos...” pois elas acionam, onde quer que estejam, os anjos caídos e suas mágicas, transformando tudo a seu favor, com sede de dinheiro, dinheiro e dinheiro.

E por isso que disse que tudo quanto dissermos, ouvirmos e pensarmos será usado contra nós. Não importa se é a verdade que permeia nossas palavras, o que valerá são as falsas testemunhas.

Não se iluda - Proclame aos quatro cantos do mundo :

-          NÃO DEÊM EMPREGO A NINGUÉM. – Faça você mesmo seu serviço de casa. NÃO contrate uma faxineira uma vez por semana, pois os seres bestiais a transformarão em “funcionária em tempo integral sete dias por semana e irão até o limite de suas forças (ou do seu cartão de crédito, imóveis, etc.).

-          ABAIXO COM A AJUDA A FUNCIONÁRIOS. – Como aquele peixinho desse último desenho animado sobre peixes, eles tem “perda de memória recente”. Nunca lembram dos benefícios que receberam.

-          NÃO ADIANTA CONFIAR EM NINGUÉM. – As bestas-feras tem o poder de mudar seu “mais confiável funcionário” em alguém repugante.

-          FAÇA TUDO, TUDO, TUDO E TUDO DENTRO DA LEI – Qualquer falhazinha, por menor que seja, será usada contra você, ainda que seja com boa intenção, tipo : “Patrão quero vender minhas férias pois preciso de dinheiro”. NÃO COMPRE. Por lei só se pode comprar dez dias.

-          OBRIGUE FUNCIONÁRIOS A IR EMBORA NO HORÁRIO DELES – Não seja bonzinho, deixando eles utilizarem suas instalações para trabalhos escolares ou qualquer outra coisa. Os coisas-ruins transformam isso em horas extras que você terá de pagar.

-          NÃO SORRIA PARA NINGUÉM – Sempre que vão embora, você patrão se torna uma crápula para eles, ainda que tenha sido um amor de pessoa. Dessa forma seja mesmo um cara sisudo e não ria para ninguém. Pelo menos, quando sairem poderão dizer alguma verdade. 

-          FAÇA TUDO FORMALMENTE E FAÇA ASSINAR TUDO – Negue qualquer pedido fora do contexto do trabalho e faça seus subordinados assinarem tudo. Assinaturas são uma das poucos coisas com que os seres infernais não tem poder.

-          NÃO ACREDITE NA BOA VONTADE DO HOMEM – Quando o assunto é dinheiro a cabeça e o coração deixe de funcionar e a única coisa que manda no homem é seu bolso.

-          MANDE EMBORA NO ATO QUALQUER UM QUE DIGA “MEUS DIREITOS”. – Essas palavras são negativíssmas e já demonstram que seu tão amado funcionário já foi mordido pelo mosquito “aedes por no pau” e que não tem mais cura. ACREDITE, não tente recuperá-lo, é um caso perdido. Quanto mais tempo você mantê-lo junto de si, maior será sua desgraça.

-          NUNCA DÊ EMPREGO PARA AJUDAR – Você será o grande lesado dessa ação. O ajudado certamente lhe colocará no pau.

-          NÃO SE ILUDA – ELES SEMPRE LHE TIRAM ALGO – E ainda que você tenha feito tudo direitinho, pago tudo certinho, pego tudo por escrito, mesmo assim ainda vão conseguir lhe tirar algum.

-          NÃO ABRA UMA EMPRESA – Monte uma barraca de cachorro-quente. Até hoje não se tem notícia de salchichas pedindo seus direitos, ou de pãozinho que fez horas extras. Gaste seu dinheiro com você. Não queira montar um negócio para ajudar os outros.

Tenho em mim a certeza de que a estória que contei não é nenhuma novidade para ninguém. Já vi casos de cozinheiros que ao toque dos seres desprezíveis se tornaram “pedreiros, encanadores, pintores” e que queriam receber por tudo isso. Já vi casos de pessoas que perderam seus imóveis. É sério, já perderam seus imóveis para seus tão amados ex-funcionários. Já vi casos de funcionários que ganhavam R$ 240,00 pedirem indenizações milhonárias, baseadas em mentiras e pasmem: ganharam.

E assim como diz o adesivo daquele carro : “Sem seres infernais não se faz justiça”   Uma justiça muito justa por sinal.

ou aquele outro

“Seres infernais – Um dia você vai precisar deles...”  Complemento : “Para se livrar de outros”

E se você que lê isto ainda tem dúvida, faça sua própria experiência. Olhe ao seu redor e verá que tem potenciais vítimas dos “anjos caídos”. Verá que está cercado de gente que num piscar de olhos poderá lhe tirar tudo. Eles estão por toda parte. Não existe gratidão, somente “meus direitos”. E se prepare para úlceras. Se prepare para noites sem dormir (e não tente contar carneirinhos, pois eles se transformam em lobos ferozes comedores de dinheiro).

E pode ter certeza, nunca se está preparado para a chegada daquela intimação. Ao lê-la (se não chorar de raiva com eu chorei), verá que os seres mágicos são até engraçados. Conseguem fazer uma petição de direitos uma verdadeira comédia, digna de fazer rir até o mais sério dos homens. Triste constatação é perceber que eles não estão brincando. Eles tem a capacidade de acreditar piamente no que dizem e conseguem convencer multidões.

ENFIM, para o mundo que eu quero descer. Afinal não fui sábio o suficiente para seguir os princípios que hoje sei serem verdades. Fui um cara MUITO ESPERTÃO. Um verdadeiro gênio na arte do RH.

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