domingo, 13 de fevereiro de 2011

CAUSO: Meu debate sobre o sábado

SÁBADO
Atos 25:8 Paulo, porém, respondeu em sua defesa: Nem contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César, tenho pecado em coisa alguma.

Bom, se violasse, por exemplo, o Sábado (que era observado pelos judeus) ou pregasse contra sua observância, não teria ele mentido a Festo com essa afirmação? Não teria se tornado mentiroso?

Paulo observava o sábado e portanto não mentiu para os judeus que o acusavam, porque entre eles nunca havia violado o sábado.

E quando pregava aos gentios simplesmente não falava sobre sábado ou coisa alguma, mas sim apenas de Cristo.

Respondo baseado no versículo apontado.

Agora dando suporte ao que penso: Paulo observava os ritos judaicos estando entre eles, os judeus, e portanto, não pecando em ponto algum. Tanto que por motivo dos próprios judeus fez Timóteo se circuncidar. Entre judeus se fazia de judeu.

Estando entre gentios agia normalmente como eles, não pecando contra a Lei judaica uma vez que estava entre gentios para qual as leis judaicas não vigoravam, não podendo, portanto, violar uma coisa que não estava em vigor.

Entre gentios se fazia como gentio.

Mas como o assunto como este veio a tona em um dos questionamentos dos irmãos de Colossenses, disse Paulo o texto já apontado nesse tópico: "ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou de lua nova, ou dos sábados".

De forma que nenhum judeu pudera afirmar que Paulo havia infringido a lei do sábado, pois entre judeus agia como judeu. Ou seja, não pecara em coisa alguma contra a lei dos judeus, e da mesma forma, nem contra o templo, nem contra César, pois ninguém ali poderia o acusar disto, uma vez que quem o acusava era justamente o Sumo sacerdote da época e os principais judeus.

Ora eles não tinham nada para falar dele, pois nenhum judeu o vira violar o sábado.

E entre gentios nunca anunciou o sábado, pois sua consciência na Graça do filho de Deus lhe mostrava que tudo isso (todas as ordenanças humanas) eram "sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo"., pois "estando morto com Cristo quanto aos rudimentos do mundo", não se "carregava de ordenanças como se vivesse no mundo". E isso ele procurou deixar bem claro aos que lhe perguntavam.

Portanto Paulo não mentiu, nem tão pouco observava o sábado entre os gentios e nem os exortava quanto a isso.

Pode parecer uma contradição, mas eu agiria da mesma forma.

Agiria como judeu entre os judeus, não violando suas leis.

Agiria como gentio entre os gentios, não ensinando guardar leis judaicas.

Jerusalém estava sob o domínio de Roma. Para os romanos valia a lei romana. Para os judeus, havia o respeito a lei romana, mas guardavam suas tradições.

Paulo pregador dos gentios, agia como gentio para ganhar os gentios. Entre eles não vigorava nenhum lei judaica.

Paulo entre os judeus agia como judeu para ganhar os judeus guardando as tradições dos judeus.

Ou seja, onde estava guardava a lei segundo a consciência dos presentes. Entre judeus, tradições judaicas. Entre outros, seguia a lei do estado presente.

Portanto se eu agisse dessa forma e fosse indagado como ele foi diria exatamente a mesma coisa, ou seja que "Eu não havia pecado em coisa alguma, seja contra os judeus, Cesar ou o templo, pois ninguém tem do que me acusar".

Entre os gentios comia com os gentios (coisa que era violar a lei entre os judeus). Entre os judeus seguia todos os ritos.

Qdo Pedro que também utilizou da liberdade que havia entre Paulo e os gentios, agiu normalmente comendo a mesa dos gentios, ATÉ que chegaram os da parte dos judeus. E a partir daí Pedro já ia se retirando da mesa dos gentios até ser repreendido publicamente por Paulo.

Ora eu considero que faria a mesma coisa que Paulo e responderia com a certeza de não estar mentindo: Não tinha violado nenhum lei judaica.

Obviamente perante os judeus sempre foi praticando dos ritos judaicos.

Paulo mentiu ou observava o Sábado?
Resposta: Não mentiu pois observa os sábados entre os judeus, portanto, entre eles para qual a lei judaica vigorava, nunca a violou. Portanto, não podendo ser acusado disto!

Entre os gentios não mencionava o sábado pois era algo para ele sem importância, mediante a Graça de Cristo.

Paulo em seus escritos diz que trabalhava para seu sustento e muitas vezes pregava a noite. Ora para quem trabalha durante a semana toda para seu sustento, descansar aos sábados era, no mínimo, normal. Mesmo porque, sabia Paulo, que Jesus dissera que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.

Assim Paulo utilizava o sábado quando estava entre judeus e gregos pregando nas sinagogas, o que era natual para o dia de sábado e não o violava. Permaneço, portanto, com minha opinião de que perante judeus ele não violara o sábado.

Mas sua pregação era apenas de Cristo, e Cristo crucificado como ele próprio certa vez escreveu. Em Antioquia, seguiu a tradição do sábado pregando na sinagoga pois era o momento propício e oportuno. Mas quando foi indagado se tinha algo de consolo para dizer ao povo, pregou a Cristo.

E o fez de modo diferente que faziam os judeus da época. Esses pregavam a Moisés, orientando a todos sobre os costumes judaicos. O modo diferente da pregação de Paulo que atingia em cheio o coração dos gentios trouxe duas consequências: fez aumentar a concorrência de gentios ao templo para ouvirem a boa nova e encheu de inveja aos judeus, que por isso se levantaram contra eles, conforme Atos 13, 13-45.

Ou seja, em nenhum momento, estando entre os judeus, Paulo falou contra os sábado nem tampouco o desrespeitou, mas usava da liberdade de pregação nesse dia para ensinar sobre Cristo Jesus e a boa nova do reino.

E justamente por esse aspecto da pregação de Paulo falava-se dele como aquele que ia desmerecia os costumes mosaicos, originando sua ferrenha discussão contra os judaizantes que querriam impor as leis dos judeus aos gentios. Tamanha foi sua veemência contra essa judaização da Graça de Cristo que disse aos gálatas que se quizessem estar debaixo da lei, haviam decaído da Graça.

Mesmo Paulo sendo judeu, tudo reputou como lixo pelo conhecimento da Graça de Deus em Cristo Jesus.

E ele era judeu e ao mesmo tempo cidadão romano.

E ele poderia muito bem pregar todos os sábados aproveitando também para descansar esse dia, afinal trabalhava para seu sustento durante a semana, sem no entanto ter que exortar sobre o sábado, basta ver sua resposta aos Colossenses a respeito de dias especiais.

Creio que Paulo poderia até seguir o tipo de conduta do texto abaixo:

"Os cristãos não se destiguem dos outros homens, nem por território, nem por língua, nem pela maneira de se vestir. Eles não moram em cidades próprias, não usam uma linguagem particular, nem levam um tipo de vida especial. A sua doutrina não é conquista do gênio inquieto de homem perscrutadores., nem professam, como fazem alguns, um sistema filosófico humano. Vivendo em cidades gregas ou bárbaras, conforme a sorte reserva a cada um, e adaptando-se aos costumes da localidade, na maneira de vestir, de comer, e em todo o resto de seu viver, dão exemplo de uma forma de vida social maravilhosa, que, como todos confirmam, tem em si qualquer coisa de incrível. Vivem em sua respectiva pátria, mas como estrangeira. Participam de todos os deveres como cidadãos e suportam as obrigações como estrangeiros. Qualquer terra estrangeira é pátria para eles e qualquer pátria lhes é terra estrangeira. Casam-se como todos os outros e geram filhos, mas não os abandonam. Tem em comum a mesa, mas não o leito. Vivem na carne, mas não segundo a carne. Passam a sua vida na terra, mas são cidadãos do céu. Observam as leis estabelecidas, mas com seu modo de vida superam as leis. Para dize-lo em uma só palavra os cristãos são no mundo, o que a alma é para o corpo."

II D.C. Um cristão anônimo a um pagão de nome Diagoneto, descrevendo o modo de vida dos cristãos.

E Paulo estava sujeito a lei da época cujo supremacia era romana, tanto que se usou muitas vezes dela.

Para mim Paulo, ao falar ao Gálatas, também inclui o sábado em suas considerações. Se não fosse assim ele não teria dito o que disse aos Colossenses, como exaustivamente já foi repetido neste tópico.

"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, OU DOS SÁBADOS".

Ele falou inclusive do sábado dentre os pontos que pelos quais poderíamos ser julgados (se não seguíssemos), nos exortando a "não dar atenção a esse tipo de julgamento".

Quando falou sobre os mandamentos da Lei de Deus disse:

"A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.
Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, E, SE HÁ QUALQUER OUTRO MANDAMENTO, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da LEI é o amor."

Em todas as cartas de Paulo não vemos uma menção sobre o tema sábado, a não ser no que concerne a considerá-lo como algo típico daquilo que os judeus queriam impor aos gentios.

Se o tema sábado fosse importante Paulo o teria dito. Sua orientação a todas as comunidades para quais escreveu não faz nenhuma orientação quanto a guarda desse dia.

Sei da bandeira levantada pelos ASD que insistem em defender a guarda do sábado, mas a vejo do mesmo modo como aos Testemunhas de Jeová tentando defender o uso correto do nome de Deus.

Sempre haverão grupos defendendo suas verdades baseadas no estudo bíblico. Até mesmo heresias como a tese de "Jeová, falso Deus" (que diz que o Deus do antigo testamento não é o mesmo Pai de Jesus Cristo), encontram suas explicações no texto sagrado.

O que quero dizer? Através da mesma Bíblia tantos defendem tanta coisa diferente! E acabam fazendo proselitismo trazendo as pessoas para suas causas ao invés de para Deus.

Fundamentalismo
O problema aqui é o fundamentalismo.

Diga a qualquer igreja que se diz única conhecedora da verdade que ela está errada e ela virá com esses argumentos de que "quem tem a verdade é perseguido mesmo!".

O problema não é crer de modo diferente. O problema é querer impor isso aos outros dizendo que "quem não crer assim não será salvo".

O fundamentalismo cria esse tipo de "crente". Cria categorias de salvos: uns mais salvos que os outros.

Acho que se um ASD quer se abster de comer certo tipos de carnes, guardar um dia em especial entre fazer outras coisas, que assim o faça. Vou considerá-lo meu irmão da mesma forma. Agora o ruim é   agir desse modo e querer impor isso aos demais como se isso fosse a revelação da obediência a Deus e sinal de salvação.

O que vejo é que muitos, ao se encontrarem com Cristo, aceitam o pacote que vem junto. E isso em qualquer igreja, seja ela Universal, Deus é Amor, Adventistas, Católicos, Assembleia de Deus, etc.

As pessoas encontram a Cristo e o que vier junto aceitam também.

E aceitando o pacote doutrinário que cada igreja coloca, o recém-convertido se torna membro daquela igreja.

Com o tempo é que muitos percebem que ao abraçarem a Cristo, abraçaram também um conjunto de normas, que nada mais são do que caracaterísticas daquela determinada denominação, não tendo nada que seja essencial a salvação.

É aí que as pessoas ficam com o que é bom (Cristo) e largam as demais coisas não essenciais.

Se uma pessoa quer guardar um dia em especial para agradar a Deus, que assim o faça.
Se quer deixar de comer alguns alimentos em louvor a Deus, que assim o faça.

Mas nunca, nunca imponha isso aos outros como se isso fosse essencial a salvação. Isso sim é heresia. É negar o sacrifício de Cristo.

Paulo deixa isso bem claro na cartas aos Romanos e Corintios. Que cada um guarde para si sua fé, sem escandalizar ao outro.

Por isso eu, na presença de ASD, respeitaria com eles o sábado, não porque considerasse isso essencial a salvação, mas por causa da consciência deles que poderiam se escandalizar. Da mesma forma que não como carne na frente de católicos na sexta-feira santa para não escandalizá-los.

Em determinado momento cai aquilo que não é essencial para ficar somente Cristo.

Por isso, em Cristo, somos todos irmãos.

Agora não podemos de forma alguma admitir que alguns venham e tentem colocar um fardo sobre aqueles que já encontraram a salvação
em Cristo.
Isso sim é perigoso.
Dizem-se seguidores de Cristo mas negam a obra de Cristo fazendo de seu sacrifício algo que precisa de "algo mais" para salvar.

É difícil entender isso?

Para mim todos são meus irmãos em Cristo, para aqueles que já conheceram Jesus Cristo como Salvador, como aqueles que ainda terão esse encontro.

Portanto sigo aqui a prática indicada por Cristo que me diz para amar meu próximo como a mim mesmo. E que “fazer aos outros o que quero que façam a mim” é o resumo da Lei e dos Profetas.

Isto posto, seja qual for a doutrina, deve-se alertar àquele que já é cristão para não se deixar levar por aqueles que, seguindo um modo austero de viver, querem convencer o já cristão, a se colocar debaixo de uma série de ordenanças que, como já disse Paulo aos colossenses, não passam de sombras do que havia que vir, a saber, Cristo o Salvador.

Portanto disso sou totalmente culpado: de sempre alertar quem quer que seja sobre o perigo de doutrinas, dogmas e conceitos que venham ofuscar o caracter salvífico definitivo do sacrifício de Jesus.

Tenho visto ainda nessas delongas de nosso debate que se tem insistido no quesito de que um mandamento foi abolido. Discordo. Todos os mandamentos foram feitos para os homens e diz a lei que, pecando em qualquer um deles, já somos culpados, segundo mesmo Paulo em suas cartas admoestou. Entretanto disse ele, que pela Graça somos salvos, pois do contrário não haveria quem se salvasse.
E disse também que pela observância da Lei não seríamos considerados justos, para que nenhum de nós nos gloriássemos desse feito, mas que todos pecamos e todos estamos carente da Graça de Deus.
Noutro ponto já diz Paulo que “um faz distinção de dias”, já outros consideram todos os dias iguais e ambos fazem para a Glória de Deus. Também assim se refere Paulo, sobre o comer carne ou legumes: “Uns não comem carne para dar glórias a Deus, já outros comem e agradecem a Deus por isso”, portanto que ninguém condene o outro e que cada um guarde a sua fé para si. Completa dizendo que feliz aquele não se condena naquilo que aprova. E ainda que tudo que não provém da fé é pecado.

Ainda, se lermos com atenção as cartas de Paulo, vemos que parte de sua luta foi contra aqueles que queriam impor coisas sobre os cristãos recém convertidos, dizendo que se não seguissem isso ou aquilo não seriam salvos. Assevera ele que isso era anular o sacrifício de Cristo. Em minha humilde visão, procuro fazer a mesma coisa

Finalizando: respeito aqueles que fazem distinção de dias. Que o façam para a Glória de Deus. Não queiram, porém, colocar esse jugo sobre os demais cristãos já convertidos ao Senhor, dizendo que se não fizerem isso não serão salvos.
Para mim todos os dias são iguais. Com isso não digo que o mandamento do sábado está invalidado. Ao contrário de considerar apenas esse dia como dia de santificação, para mim todos os dias são santos, e vivo sempre o Hoje, pois acredito que é neste dia que devemos louvar ao Senhor: em nossas orações, em nossas ações, em nosso amor ao próximo, em nossa vida, Hoje.

Jesus não invalidou a Lei mas veio dar seu mais aperfeiçoado sentido. Estava escrito sobre o adultério, e ele foi além, falando sobre o adultério dos olhos. Estava escrito sobre “odiar seus inimigos” e ele foi além falando sobre amar nossos inimigos e orarmos por quem nos odeia, e abençoarmos a quem nos amaldiçoa. Cristo mostrou a tudo na essência. E no famoso sermão da montanha, falou sobre os mandamentos, mas não falou sobre o sábado. Sua menção, no entanto, num trecho a frente, deixa claro que o sábado foi feito para o homem (um benefício) e não o homem para o sábado.
Disse também que o “pão de cada dia nos daí hoje” e para não nos preocuparmos com o dia de amanhã, mas sim com o hoje. Pois a cada dia basta seu mal.

Assim meus irmãos, me ocupo com o dia de Hoje. Quero santificar o dia de hoje, pois é neste dia que posso demonstrar que, de fato, sou seguidor de Cristo e Nele confio. E em minha leitura da Bíblia, segundo as pregações de Paulo em nada deixo de cumprir com esse modo de viver, os mandamentos de Deus.

Um comentário:

  1. Que bom que se falou em sábado de várias formas e maneiras tbm.Isso ficou muito claro,só não que o sabado foi instituido desde o Edem por nosso Deus e quando o próprio lá no Monte Sinal,com seu próprio Deus o escreveu em uma das rochas,isso só mostrou que haviam então duas leis.As de Deus e as de Móises.Portanto,meu amigo.Em qualquer lugar que estivesse,Paulo guardaria o sabado pois o Espirito Santo o faria entender a vontade de Deus e não de homens,desde o inicio de tudo.

    "E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." (Êxodo 31 : 18)

    Resumir um texto não é abolir.Jesus veio cumprir(tome-o como exemplo)ok

    Bj no seu coração

    Ps:Não sou adventista,mas estudo a Palavra de Deus.O fato de Constantino ter mudado a guarda do dia do Senhor para o Domingo(dia do Sol)não me autoriza a negar que o sabado é o setimo dia e que isso vigora até mesmo na nossa cotidiana vidazinha moderna,mas como se perderia muito dinheiro deixando de trabalhar neste dia,é melhor passar então por cima dele ,para se manter o trabalho nê?

    E o que Deus verdadeiramente quer ?
    Fica onde?

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