quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

TESTEMUNHO - O medroso cabo Borges

Copiei e colei (Relato que li de irmãos na fé)

Bem, como estávamos em muitos irmãos, não foi possível que todos testemunhassem em todos os cultos, e no ultimo culto, na igreja da Vila Glória, e o irmão cooperador Teco (Roberto, que hoje é o cooperador da central de Assis) era quem estava atendendo e o Borges, que ainda não havia testemunhado, levantou para testemunhar e o Teco pediu para ele subir em cima do púlpito (naquele tempo podia) e o Borges contou uma obra do tempo que ele serviu o exercito: Naquele tempo ele já era servo de Deus e com muita dificuldade conseguiu ser graduado cabo do exercito. Mas, segundo ele, era um frouxo, medroso, não entendia nada, não sabia nada, não servia pra nada, então inventaram pra ele o cargo de responsável pelos serviços gerais, o pelotão do cabo Borges era responsável pela limpeza do quartel. E o oficial humilhava muito ele porque não gostava de crente e ele queria que os cabos ensinassem os soldados a serem durões, mas volta e meia encontrava algum soldado do pelotão do cabo Borges chorando e perguntava: por que você está chorando? Aí ele respondia, É porque o cabo Borges me contou um testemunho da igreja dele e eu senti uma coisa que não consigo parar de chorar... Aí o oficial (capitão, se não me engano) ficava possuído e chamava o Borges, trancava a porta e humilhava ele, só faltava agredir, e dizia, você faz criança chorar, Você faz menino chorar, eu quero ver você fazer homem chorar! Homem que nem eu que tem vergonha na cara chorar! Você é um incompetente, cabo Borges, você é uma vergonha pra esse quartel, cabo Borges! E o Borges ficava ouvindo em sinal de continência, tremendo, e dizendo "s-sim senhor... '.
E um dia o oficial estava muito revoltado e mandou chamar o Borges. O Borges entrou na sala fez sinal de continência. O capitão falou assim: feche a porta cabo Borges! O Borges falou Sim senhor! E fechou. Aí o capitão falou: você é um incompetente cabo Borges! E ele, em continência respondeu Sim senhor! Você não presta pra nada Cabo Borges! Sim Senhor! Você é o pior cabo que já passou por esse quartel! Sim senhor! Cabo Borges, você não vai pra casa esse final de semana! Sim Senhor! Você vai ficar preso aqui no quartel! Sim senhor! Pode sair cabo Borges! Sim Senhor! Cabo Borges! Sim Senhor! Volte Aqui! Sim Senhor! Você não vai ficar preso Cabo Borges! Sim Senhor! Mas eu quero que você tome uma atitude porque o seu pelotão é o que menos se destaca! Todo pelotão tem um grito de guerra que se destaca de manhã na entrada do quartel! Mas você só inventa coisa ridícula! Inventa umas vozes ridículas: dois-um-um-dois e o pelotão repetindo, coisa horrível, nem parecem homens, não parece exército, não tem vida! Cabo Borges, eu quero que seu pelotão se destaque, seja notado, que apareça! Faça alguma coisa, inútil! Sim Senhor! Eu quero que quando o seu pelotão entrar de manhã os que estiverem nos alojamentos saia na janela para ver o pelotão do cabo Borges passar! Eu quero que aqueles que estiverem tomando banho se enrolem na toalha e saiam para ver o pelotão do cabo Borges passar! Eu quero que aqueles que estiverem jogando bola parem e venham na grade ver o pelotão do cabo Borges passar! Eu quero que o quartel pare! Cabo Borges, eu quero QUE ATÉ O INFERNO PARE QUANDO O PELOTÃO DO CABO BORGES PASSAR! Sim senhor! E o capitão deu alguns dias para o Borges ensaiar algo novo com o pelotão e aquela frase "eu quero que até o inferno pare quando o pelotão do cabo Borges passar" trouxe para o Borges alguma inspiração.
Então o Borges ficou isolado algum tempo com o seu pelotão, ensaiando durante alguns dias para o dia da "entrada triunfal". E chegou o grande dia. O pelotão ficou em posição na entrada do quartel e o Cabo Borges gritou: "Pelotão, ao meu comando! Um dois... três!" e entraram no quartel marchando, mais de cinqüenta homens cantando bem alto aquele hino que diz "Vamos, oh, irmãos marchar, com destino a Sião, sempre alegre nas pisadas de Jesus..." e o Borges gritando lá atrás "Não to ouvindo nada!" e o pelotão cantando "... pois a frente ele está, e aos Céus nos levará se andarmos oh irmãos em sua luz...". Naquela hora todos os que estavam no alojamento vieram à janela para ver o que estava acontecendo, os que estavam tomando banho saíram enrolados em toalhas, os que estavam jogando bola pararam e vieram até a tela, e o pelotão cantando "... Com Jesus marchemos à eternal Sião, sempre alegre e de todo o coração...", havia outro pelotão marchando em sentido contrario, o cabo falou "pelotão, alto" e o pelotão parou aí o cabo falou "direita, volver!" e o pelotão virou para o lado que o pelotão do cabo Borges estava passando e então o cabo mandou todo o seu pelotão bater continência para o pelotão do cabo Borges que estava passando! O capitão também olhou para a janela, assustado, e ficou na sua sala sem sair, com a porta fechada.
Aí, quando o exercício do pelotão acabou, o cabo Borges subiu as escadas correndo, viu que a porta do capitão estava fechada e bateu na porta dando soco e quando o capitão abriu a porta assustado, o cabo Borges bateu continência e gritou:
Capitão, quem tava nos alojamentos saiu quem tava jogando bola parou, o quartel inteiro parou! Capitão: ATÉ O INFERNO PAROU! MISSÃO CUMPRIDA! Ai bateu continência de novo e saiu, deixando o capitão com o olhar distante e a boca aberta. Quando o Borges se reuniu com o pelotão alguns soldados perguntaram: Borges, porque quando a gente tava cantando nós começamos a chorar e sentimos uma coisa tão gostosa que não dá pra explicar? O Borges falou Nesta noite vocês vão entender. Aí quando chegou a noite o Borges levou todo o pelotão (fardado) dentro da igreja. O irmão que tava na presidência quase desmaiou por que estavam na época da ditadura militar e o irmão achou que vieram para fechar a igreja, e o Borges foi rindo lá pra frente e explicou para o irmão que era obra de Deus, que os soldados estavam ali apenas para congregar. Então remanejaram a irmandade e arrumaram lugar para os cinqüenta soldados fardados sentarem próximos uns aos outros e Deus abriu o céu naquela noite e, como conseqüência daquele culto, sabemos que daquele pelotão Deus tirou músicos, diácono e cooperador e essa obra é conhecida pelo nosso irmão Ancião Hildebrando de Campinas, que conhece o Borges, pois foi lá em Campinas que o Borges serviu o exército.

4 comentários:

  1. Essa obra aconteceu em Campinas no Jd. São Fernando, e foi apregoado aos soldados que Deus chamaria todos...Deus usou do saudoso irmão Valtenor Teixeira, que era ancião dessa localidade, na época cooperador... detalhe eu estava lá!!

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    1. e nós do S. Fernando somos testemunhas dessa obra maravilhosa...

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  2. Linda obra ... Agora so falta nos esperarmos o nosso Capitao !!!

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  3. eu estava la com o irmao silas

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