domingo, 13 de fevereiro de 2011

CAUSO: Meu debate sobre a reencarnação

"...Doutra maneira, necessário lhe seria padecer muitas vezes, desde a fundação do mundo, mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrificio de si mesmo; E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disto o juízo. Assim também Cristo, ofereceu-se uma só vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. "
Hebreus, cap.9, vers.26,27,28.

A própria idéia do espiritísmo é contrária a rendenção de Cristo.

Pelo espiritísmo, o homem vai reencarnando até se tornar puro, livre de seus pecados.

A Palavra de Deus, no entanto, atesta que Jesus Cristo, padeceu por nossos pecados, nos trazendo a graça de Deus e através dele é que somos livres do pecado.

Ora se o homem se purifica de seus pecados reencarnando, Cristo morreu em vão.

Ou somos salvos através das várias reencarnações ou somos salvos através da morte de Cristo.

Veja em Isaías 53, escrito 700 anos antes de Cristo, a descrição dos sofrimentos do Jesus e sua sua vinda para nos salvar.

Ressalto o versículo 4 e 5:

"Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

Meu avô era Kardecista e, por influência dele,  sempre acreditei na reencarnação.

Na minha adolescência, sem igreja até então, encontrei com Cristo lendo a Bíblia e a idéia de reencarnação me deixou aos poucos. Nessa época comecei a ler o novo testamento e fui descobrindo muita coisa. Para mim, a passagem abaixo, de Hebreus, tirou-me a idéia da reencarnação:

"...Doutra maneira, necessário lhe seria padecer muitas vezes, desde a fundação do mundo, mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrificio de si mesmo; E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disto o juízo. Assim também Cristo, ofereceu-se uma só vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. "
Hebreus, cap.9, vers.26,27,28.

A idéia da reencarnação não faz tornar inválido o sacrifício de Cristo?

Se todo homem deveria reencarnar para evoluir porque Cristo teria de ter morrido pelos homens?

Se a vida de Jesus fosse apenas para nos ensinar viver melhor (e assim, conscientes, vivermos de tal maneira a não reencarnar mais), qual a razão de seu sacrifíco na cruz?

Não existiriam então, tantos outros “mestres” que também ensinaram, ao longo da história, uma vida santa e desapegada?

Se a reencarnação propõe a evolução de consciência, qual o proveito de se voltar novamente a vida terrena, sem nenhum possibilidade de se lembrar das lições e erros da encarnação anterior para não praticá-los de novo?

A reencarnação não seria uma forma de Deus retribuir nossas iniquidades fazendo-nos voltar de novo para purgá-las? E não diz o salmo 103:

“... Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo nossas iniquidades”

E mediante a Graça, do concerto feito antes da fundação do mundo, qual seria o papel da reencarnação? Não seria ela uma forma de desviar o foco do homem do “Caminho, Verdade e Vida”?


5 comentários:

  1. Humm, ótimo ponto de vista Silvio , conciso e lógico.
    Mas ainda analisando o quê você escreveu e seguindo um mesmo modo de raciocíonio:

    * Cristo morreu para salvar o homem de seus pecados;
    * O homem morre e ,durante o juízo , será julgado;

    Mas se o homem já foi salvo, como pode ser então julgado ??

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  2. Olá Vinícius,
    Obrigado por comentar.

    Cristo morreu para salvar o homem de seus pecados; (primeira premissa);
    O pressuposto aqui é a crença nas Escrituras, chamadas pelos cristãos de “Sagradas Escrituras” ou de modo simples a Bíblia Sagrada.

    Tal livro é composto de uma série de Livros. Todos seus livros foram escritos num período de cerca de 1.500 anos. Na época de Cristo o que se conhecia de Escritura eram os livro Judaicos, constituídos de Livros da Lei e Proféticos. Depois de Cristo os primeiros “Apóstolos” deixaram também registradas algumas orientações, além do relato dos primórdios da chamada igreja cristã. Deles se destaca Paulo com suas 13 cartas que hoje fazem parte do chamado “Novo Testamento”. Praticamente a difusão das “Boas Novas” – Evangelho entre aqueles que não eram judeus foi feita a partir de Paulo.
    O próprio Paulo, na epístola que manda a Timóteo, afirma:
    “Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal;” – I Timóteo 1,15.

    Porque falei do pressuposto? Porque é justamente da Bíblia que tiramos a primeira premissa. No texto que postei destaco o trecho escrito pelo profeta Isaías cerca de 700 anos antes de Cristo que falava sobre a vinda e obra do Messias. Torno a destacar:

    “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”

    Assim, a temática do Messias vir e levar sobre si o castigo por nossas iniqüidades era natural na cultura judaica. Todo o Evangelho e Novo Testamento batem sobre esta tecla.

    Em linguagem simples:
    “Cristo sendo filho de Deus morreu pagando um preço como se fosse pecador, para que nós como pecadores pudéssemos receber a herança como filhos”.

    Como disse o Cristo, registrado no Evangelho de João:
    “Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.”

    Nós homens ficamos como que escravos do pecado. Amando mais as trevas do que a luz. Andando conforme o egoísmo e conforme a busca desenfreada dos prazeres, colocando nossos interesses acima da vida humana. Mas isso é generalizar, dirão alguns, mas certo é que Cristo diz que vindo Ele ao mundo, como luz do mesmo, os homens preferiam mais as trevas, pois suas obras eram más.
    Acredito ser essa é a condição da raça humana. Sujeita ao pecado e imersa nele, numa categoria de total inadequação para sermos tratados como filhos. Apenas cativos e escravizados pelo pecado, condenados a reproduzirmos sempre o comportamento de nossos pais e da humanidade em geral.

    Enfim éramos mortos em nossos pecados.
    E o que Cristo nos trouxe? Vida e graça perante Deus!

    Pedro, o Apóstolo também fala sobre isso:
    “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
    O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.”

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  3. Segundo Paulo, o pecado nos leva a morte. Inevitavelmente. E morte eterna.

    Através Cristo obtemos a redenção, a adoção para nos tornamos co-herdeiros com Cristo da Vida eterna.

    Paulo na carta as Efésios capítulo 2 enfatiza isso:
    “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.Não vem das obras, para que ninguém se glorie;”

    Ou seja, ninguém por obras poderia ser salvo. Em razão até mesmo do espírito que operava em nós. Somente através de Cristo (e isso é graça (favor imerecido) de Deus) é que somos salvos.

    Outrora fomos filhos do pecado, da desobediência, destinados a ira. Contudo em Cristo fomos resgatados para a salvação.
    Para finalizar a base dessa primeira premissa, um último texto de Paulo, agora aos Colossenses:

    “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;
    O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.”

    Esse texto servirá de base para a segunda premissa e o gancho para sua questão:

    * O homem morre e, durante o juízo , será julgado;
    Mas se o homem já foi salvo, como pode ser então julgado??

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  4. Paulo tanto na Carta aos Romanos quanto na Carta aos Gálatas trata do assunto: GRAÇA de Deus. Favor imerecido. Prêmio sem merecimento. Recompensa gratuita.
    Paulo fala que somos salvos por fé em Cristo e isso é Graça de Deus.
    Que através do sacrifício de Cristo somos salvos e inseridos no Reino de Deus como Filhos.

    Cristo Jesus ao morrer pelos pecados do homem deu a cada homem o poder de se tornar filho de Deus.
    Assim temos o seguinte:
    1- Cristo morreu pelos pecados dos homens, sofrendo o castigo como se pecador fosse, para que todo aquele que em Cristo crer, receba o perdão de seus pecados e a vida eterna em dom.
    2- Ora muitos de nós vivemos uma vida natural tendo apenas conceitos de Deus, às vezes vindos de nossos pais, ora participando de uma religião, ora lendo, ora ouvindo. E nessa vivência não temos um relacionamento real com Deus. Daí, pelos mais variados motivos e circunstâncias vamos descobrindo que é Cristo Jesus, qual foi sua obra na Terra e, pelo Espírito Santo de Deus, cremos de coração. Nesse momento recebemos a remissão de nossos pecados e a vida eterna em dom.

    Tudo estaria bem se a vida se extinguisse aqui. Contudo a vida continua e cabe ao homem, renascido em Cristo, viver de fato como novo homem. Ou seja, é perceptível que de fato a vida de Jesus já está habitando neste homem, pois sua vida mudou. Ele experimentou a chamada conversão.
    Todos os dias enfrentará sem velho homem tentando voltar e tomar conta de sua vida.
    Todos os dias deverá cultivar sua nova vida em Deus.

    Mas o homem comete pecados depois de ter sido perdoado por Deus de seus pecados passados? Com certeza!

    E João nos orienta sobre o que fazer nesses casos, lembrando aos irmãos que todos, ainda que tendo Cristo poderão pecar ainda:

    “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.”
    Ou seja, poderá o homem pecar, mas terá um Advogado junto a Deus para o representá-lo que é o próprio Cristo.

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  5. Voltando o que Paulo disse, no trecho que grifei:

    Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu,

    Uma vez tendo crido devemos perseverar. Uma vez libertos devemos permanecer nessa liberdade e não voltar ao estado anterior.

    Muitos, contudo, não se converteram de verdade.
    Muitos, voltam ao estado anterior.
    Muitos não se arrependem de seus erros.
    Muitos não recorrem a Deus.

    A todos estes cairá sobre eles o julgamento de Deus.

    Veja que o critério para julgamento no dia do Juízo será o amor para que tivermos com nossos semelhantes. Cristo irá separar a sua direita os que agiram com amor para com seu próximo e a esquerda os que não agiram com amor.

    Sua pergunta:
    Mas se o homem já foi salvo, como pode ser então julgado??

    Terá ele permanecido ligado em Deus e em Cristo após ter sido perdoado? Cada um deve olhar a si mesmo!

    A pergunta poderia ser também:
    E aqueles que nunca ouviram falar de Jesus Cristo, como crerão para a salvação e remissão dos pecados?

    Diz a própria Escritura que Deus não cobrará nada de alguém sem que não tenha recebido.
    Aqueles que nunca ouviram falar de Cristo serão julgados por suas obras.
    Aqueles que tiveram a opção de optar e assim não quiseram a vida com Cristo, renegando o sacrifício do mesmo, já terão sua condenação.

    Para aqueles que permanecerem firmes em Cristo não haverá julgamento, pois participarão da primeira ressurreição, conforme Apocalipse.

    Assim sua questão:
    Mas se o homem já foi salvo, como pode ser então julgado??

    Se de fato permanecer em Cristo participará da primeira ressurreição para habitar com Cristo.

    E os demais? Certamente participarão de um tribunal onde suas obras serão pesadas, sabendo que os mais “souberam” mais serão cobrados.
    Cristo nos chama para uma nova vida Nele e não para sermos hipócritas.
    SE DE FATO, o homem permanecer em Cristo, não passará pelo Juízo, pois seu julgamento só o teve em vida, sendo absolvido pela fé em Cristo. Sua fé e perseverança.

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